domingo, 24 de outubro de 2010

UM ENSAIO NADA CONVENCIONAL!

Você espera que eu relate o ensaio de uma aula de spinning, jump, step, aeróbica, etc.... Não, não.
No sábado que passou 23 de outubro, tive o convite, oportunidade e privilégio inaceitável de ouvir o ensaio da Orquestra Sinfônica de Goiás.
Imediatamente fui. Lá estava eu.
Entre 09h:00min-12h:00min, o maestro como autoridade máxima do grupo escolhia o compasso. Interrompia quantas vezes fosse necessário até o músico ler a partitura com os olhos como órgãos e com os olhos como alma.
 O certo é respeitar na íntegra cada nota musical, tempo, compasso. Ali, tocar de “ouvido’’, é coisa de leigo. Ser autodidata não é genial.
Colcheias, semicolcheias, fusas, semifusas, anacruses, tutti, compasso 175, e mais um monte de palavras e dialetos musicais.
Em meio a tantos acordes, pude ver saindo das cabeças dos músicos muita fumaça, sons, notas. E do coração do maestro a obra completa.
Lembrei-me de como a música é linguagem universal. E como faz falta disseminá-la.
É verdade que ainda temos uma grande massa que não sabe o que é Puccini, Bach, Handel, Mozart, Beethoven, Vivaldi,...mas conhecem Calipso, bonde do tigrão, mulher melancia e demais! Enfim! Numa outra oportunidade falamos desta pauta.
Em meio a 70 músicos, 03 tenores, 40 vozes foram nítidas as competências do maestro. Comando. Conhecimento específico. Carisma. O tom de cada instrumento, o tempo de cada nota, uma cascata de gestos firmes, caras e bocas em segundos se transformavam na mais bela das obras. Cada músico brilha à sua maneira. Ali o céu é de todas as estrelas. Cada um tem o seu papel e seu brilho. Um não sobrevive sem o outro.
Alguma semelhança com gestão!? Liderança, equipe, relacionamento, educação física!
Mas...o que motiva uma pessoa a ficar ali parada, ouvindo música erudita e escrevendo? Pra muitos esse erudito é sinônimo de tristeza. Só pra lembrar, a tristeza está dentro de você e não na música.
É.
Um pouco de insanidade não faz mal a ninguém. Recomendo!
Fazer este exercício trouxe mais inspiração. Sair da caixa que a gente vive e conhecer novas formas de pensar é fundamental. Recomendo a todos o exercício de abrir espaço para outros ares. Se estiver acostumado com o mundo em terra se permita visitar as nuvens, a lua e quem sabe seus sonhos.
Teatro, shows, cinemas, parques, lugares, pessoas. Tenho certeza que sua criatividade e sensibilidade não serão as mesmas.

Obrigada mãe pelo convite. Parabéns aos músicos.

Abraço
Milena.

Um comentário:

  1. Oi milena, gostei muito do seu texto. Tá escrevendo bem hein...
    De qualquer forma foi um espetáculo único e precisamos estimular o pessoal de outras tribos a circular por aqui.
    Isso abre nossa cabeça, nos inspira...
    M.E.

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Alguns professores agente nunca esquece!

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Espaço dedicado à JOHNNY G.

Milena Emidio